O apoio do PSB está sendo debatido pelas duas principais chapas de oposição ao governo do presidente Michel Temer (MDB). Mesmo após a decisão de apoiar candidatos a governador do PSB em sete estados, o PDT ainda não conseguiu convencer os socialistas à composição de uma chapa liderada pelo ex-ministro Ciro Gomes.
À coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, o ex-governador do Ceará, Cid Gomes, explicou que as alianças têm um limite: “Só não os apoiamos em locais onde os nossos candidatos lideram as pesquisas”. Ao que parece, mesmo diante de algumas negativas e os insucessos nas negociações com o Centrão, os pedetistas não vão jogar a toalha facilmente. “Confesso que estou otimista, mas gato escaldado tem medo de água fria”, concluiu.
Do outro lado, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad afirmou após visita ao ex-presidente Lula, que a legenda fará uma última rodada de negociações com PSB, PCdoB e Pros. “Trouxe informações das alianças, algumas de dirigentes de outros partidos”, declarou o petista. Segundo o ex-prefeito, as conversas são conduzidas pela senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e outros integrantes da direção partidária.
Haddad informou que a sigla trata dos últimos detalhes para registrar a candidatura de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo dia 15 de agosto. Em entrevista à imprensa presente, o ex-prefeito defendeu novamente que o presidente Michel Temer (MDB) deixe de adotar medidas de caráter estrutural, como a privatização de estatais, por não ter “legitimidade”. “É preciso suspender essas medidas até as eleições, para que o presidente eleito, que eu espero que seja o Lula, possa encaminhar as demandas da sociedade”, afirmou.