Relatórios técnicos do Ministério da Fazenda, copilados desde 2014, apota que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem metodologia falha para definir o reajuste de planos de saúdes individuais e familiares. Os documentos foram revelados primeiramente pelo jornal Folha de S.Paulo. Por lei, a Fazenda precisa se pronunciar todo ano sobre o índice de aumento proposto pela ANS nos benefícios. Cabe a agência receber o comunicado e dar a palavra final sobre os reajustes.
De acordo com o documento de 2018, há erros conceituais no cálculo dos aumentos, porque permite que operadoras cobrem do consumidor o custo de falhas. Neste ano, a correção anunciada foi de 10%, abaixo dos 13,5% anunciados em 2017, mas é bem acima da inflação, que rondava 3%.
A ANS estabelece como critério de reajuste o custo médico e os reajustes dos planos coletivos, que são acertados entre os empregados e as operadoras. Para o ministério, a metodologia dá a “possibilidade de formação de conluio entre as firmas para influenciar o resultado” e “dificuldade de acesso a informações de custos resultantes da competição dos agentes”.