O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, desacelerou de 1,11% em junho para 0,64% em julho. Apesar da desaceleração, essa foi a maior taxa para o mês de julho desde 2004 (0,93%), segundo divulgou nesta sexta-feira (20) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em julho, os preços dos grupos Alimentação e bebidas (0,61%), Transportes (0,79%) e Habitação (1,99%) foram os que mais pesaram, contribuindo com 0,61 p.p., ou 95% do índice. Entre as maiores altas entre os alimentos, destaque para o leite longa vida (18,30%), o frango inteiro (6,69%), o frango em pedaços (4,11%), o arroz (3,15%).
No grupo Transportes, a alta foi puxada pelo item passagem aérea (45,05%) e pelas passagens de ônibus interestadual (4,6%). No grupo Habitação, o que mais pesou na inflação foi o item energia elétrica (6,77%) – maior impacto individual no índice do mês, 0,25 p.p., em razão de reajustes ocorridos nas tarifas em parte do país. Destaque também para o gás de botijão (1,36%).
No acumulado do ano, o avanço do índice é de 3%. Ao longo dos últimos 12 meses, o IPCA-15 acelerou para 4,53%, acima dos 3,68% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e levemente acima do centro da meta de inflação do Banco Central para o ano, que é de 4,5%. Entretanto, a referência para o cumprimento da meta é o IPCA do fim do ano.