Por João Paulo Almeida
Em greve há nove dias, os professores da rede municipal de ensino de Salvador decidiram manter a greve da categoria, em assembleia realizada hoje (20) pela manhã. Inicialmente, a agremiação pede um reajuste de 12,5%. A gestão municipal ofereceu R$ 2,5%, o que gerou um impasse com a categoria. Os educadores ainda realizaram uma caminhada do Ginásio dos Bancários, no bairro dos Aflitos, até o local da assembleia, em direção à Estação da Lapa. O trânsito ficou complicado na região da Praça Piedade. Uma nova assembleia dos professores foi marcada para a próxima quarta-feira (25).
Em entrevista recente ao Portal Bahia Econômica, a diretora da APLB – Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, Flávia Souza, afirmou que os professores municipais estão há três anos sem reajuste e confirmou uma greve por tempo indeterminado caso não haja acordo com a prefeitura através da secretária de educação do município. Segundo Flávia a categoria pede, “um reajuste de 12,41%, mais um reajuste de 10% no ticket alimentação, o cumprimento dos planos de carreira, afinal os professores investiram nas suas qualificações e acabaram não sendo promovidos, além de eleição direta para o cargo de gestor escolar”, explicou a diretora.
O prefeito de Salvador, ACM Neto, classificou como política e partidária a greve dos professores da rede municipal de ensino conduzida pela APLB, sindicato controlado por siglas de oposição à atual gestão. O prefeito deixou claro que a maioria dos professores da rede não aderiu à greve, e avisou que vai cortar, já na folha de julho, o salário de quem não trabalhar. Ele lembrou que a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Gestão (Semge), já apresentou uma proposta justa de reajuste para a categoria de 2,5%, a mesma recomposição aceita em 2017 pelos servidores da educação e, este ano, por outras classes do município.
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