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PF APURA SUPOSTA FRAUDE NA COMPRA DE USINA PELA PETROBRAS

Redação - 30/06/2018 09:00 - Atualizado 30/06/2018

Em meio às investigações da Operação Lava Jato, a Polícia Federal (PF) apura a compra de 50% do capital da Bioóleo Industrial e Comercial S.A. pela Petrobras Biocombustível (Pbio) – uma das subsidiárias da Petrobras. Sediada em Feira de Santana (BA), a Bioóleo é uma empresa especializada no processamento de mamona e outros grãos para a produção de biodiesel.

A operação financeira, que custou R$ 18,5 milhões à petroleira, ocorreu em agosto de 2010 e já teria gerado um prejuízo de R$ 5,3 milhões à estatal. Diante do suposto “mau negócio”, os policiais federais apuram suspeitas de fraude, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Investigadores que atuam na Lava Jato comparam a aquisição da Bioóleo à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), negócio investigado pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal de Contas da União por suspeita de superfaturamento. Em razão das semelhanças entre as duas aquisições da Petrobras, policiais federais apelidaram a refinaria de Feira de Santana de “Pasadena do Nordeste”.

Na época em que o negócio foi fechado, a Petrobras Biocombustível – responsável pela produção de etanol e biodiesel – era presidida pelo atual ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto. O petista, que também já comandou os ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Secretaria-Geral no governo Dilma Rousseff, deixou a empresa em 2014.

Menos de dois meses depois de a Petrobras Biocombustível assinar o contrato de compra de metade da usina de biodiesel baiana, um parecer técnico elaborado pelos ministérios da Justiça e da Fazenda para avalizar o negócio destacou que, apesar de ter comercializado óleo de mamona em 2010, a subsidiária da Petrobras não tem utilizado o produto por entender que seu uso para produção de biodiesel é “economicamente inviável”.

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