Com uma decisão já esperada por analistas financeiros, o Banco Central não alterou o juros básico da economia, mantendo a taxa Selic a 6,50% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) chegou a essa decisão por unanimidade, após reuniões que começaram na última terça (19).
Em nota, o Copom destacou que a greve dos caminhoneiros trouxe incertezas que dificultam a avaliação das perspectivas para a economia. “Indicadores referentes a maio e, possivelmente, junho deverão refletir os efeitos da referida paralisação”, ressaltou o texto.
Segundo o comunicado, a instabilidade na economia internacional também contribuiu para a manutenção dos juros básicos. “A evolução dos riscos, em grande parte associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas, produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais. Como resultado, houve redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes”, informou o Copom.
Com a decisão de hoje, a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. Na última reunião do Copom, em maio, a Selic tinha sido mantida em 6,5% ao ano, numa decisão que surpreendeu o mercado financeiro. Na ocasião, o BC alegou que a instabilidade internacional, que se manifestou na valorização do dólar nos últimos meses, influenciou a decisão.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).