O desempenho da arrecadação estadual baiana deve sofrer o impacto da greve e das paralisações dos caminhoneiros no segundo quadrimestre do ano. A perspectiva é que a arrecadação do estado deve registrar perdas estimadas em R$ 260 milhões.
De acordo com informações da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), as perdas com a arrecadação própria, por conta do movimento dos motoristas, chegaram a R$ 210 milhões. A este valor somam-se R$ 50 milhões a menos em repasses da União em 2018, devido à renúncia da Cide no diesel, já que parte da arrecadação com esse tributo federal é transferida para os estados, totalizando, assim, o valor detectado pela Sefaz como baque decorrente do período da crise nas estradas.
“A economia já não vinha correspondendo às expectativas de que poderia tomar impulso em 2018, e os impactos da paralisação podem manter por mais tempo o quadro de estagnação que se verifica desde o ano passado”, avaliou secretário da Fazenda, Manoel Vitório, durante audiência pública na Assembleia Legislativa sobre as contas do governo no primeiro quadrimestre.
Este cenário vai exigir do Estado que mantenha os esforços em prol do equilíbrio, observou o secretário da Fazenda. “Vamos continuar, de um lado, com as ações de combate à sonegação e de modernização do fisco, e do outro com o controle dos gastos”, afirmou.