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PANORAMA DO MERCADO: RISCO ALTO

Redação - 18/06/2018 08:00 - Atualizado 17/07/2018

Tivemos a quinta semana seguida de desvalorização na bolsa brasileira, a desconfiança continua tomando conta do mercado, levando o Ibovespa a uma queda de -3,59%.

No Brasil, o cenário político está em evidência, a situação do presidente Temer está cada vez mais difícil e para agravar a situação novas denuncias estão sendo levantadas contra ele. No cenário económico, a volatilidade do juros futuro mostra como o mercado está sem a capacidade de antecipar qual será o futuro do Selic, o Banco Central vem encontrado dificuldade de restabelecer a credibilidade e tem mantido uma atuação fortemente no câmbio para amenizar a alta da moeda americana.

No EUA, o Banco Central elevou a taxa de juros em 0,25% e sinalizou que devem ocorrer mais quatro aumentos ainda esse ano, esse posicionamento tem colaborado para alta do dólar diante das principais moedas internacionais. Na Europa, o BCE anunciou que deve encerrar o programa de recompra de títulos, responsável pelo aumento da liquidez no mercado em dezembro, mas manteve a taxa de juros em 0,25% e taxa de depósito em -0,40%, além de sinalizar que as mesmas devem ficar inalteradas até meados de 2019. Essa ação colaborou para que Euro se desvalorizasse fortemente perante o dólar, pois o mercado está interpretando que o pacote de estímulos da Europa está longo, mas não tem conseguido gerar os impactos necessário para promover o crescimento econômico, o que é um risco em potencial para os países da Zona do Euro.

Nas próximas semanas, o mercado deve permanecer atento a “guerra” comercial que o EUA vem traçando com a China e outros países, além da atuação do Banco Central. Por enquanto a economia americana tem conseguido se manter forte, trabalhando em pleno emprego. No Brasil, o destaque deve se manter na esfera política, tanto a governabilidade do Governo Temer, quanto o avanço da campanha eleitoral.

Momento do Mercado

Durante a semana, a importante zona de suporte entre 72,4 e 70,8 mil pontos (faixa azul no gráfico) foi perdida, mas os compradores atuaram, fazendo com que os preços terminassem o período dentro desse patamar, o que sugere um repique nos próximos pregões. Ainda assim, o cenário continua bastante arriscado e o movimento só voltará a ficar favorável, caso uma nova tendência de alta seja formada. Contudo, vale lembrar que quanto maior o risco, maior o retorno, aqueles se aventurarem podem ter grandes ganhos ou perdas.

Caso a zona de suporte seja realmente respeitada, o próximo objetivo estará nos 77 mil pontos.

Caso o suporte esteja perdido, o próximo objetivo estará nos 69 mil pontos.

LUCAS LEAL

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