As oportunidades de investimentos do setor de óleo e gás onshore na Bahia foram apresentadas no Global Petroleum Show, em Calgary, na província de Alberta, no Canadá, pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). O evento ocorreu entre os dias 12 e 14 de junho. Berço da indústria brasileira de petróleo, o estado concentra o maior número de áreas terrestres para exploração e produção de petróleo e gás da região Nordeste e tem se reinventado desde que os campos terrestres entraram em uma fase de declínio da produção.
O Governo da Bahia vem participando diretamente do programa nacional de Revitalização das Atividades de Exploração e Produção de Petróleo e Gás em Áreas Terrestres (Reate) que, entre outras ações, estimula a exploração de campos maduros com baixa produtividade para os produtores independentes. Algumas ações sugeridas pelo Governo da Bahia para o Reate já estão em execução, como a oferta permanente que dá oportunidade para novos operadores adquirirem ativos nas bacias maduras, característica da Bacia do Recôncavo.
Outra grande novidade que foi apresentada é um projeto piloto de monitoramento para exploração de óleo e gás através de fontes não convencionais que está sendo desenvolvido por diversos órgãos do Governo do Estado junto com instituições de pesquisa, como a UFBA e o SENAI/CIMATEC. De acordo com Laís Maciel, diretora de Desenvolvimento de Negócios da SDE, todas as possibilidades estão sendo estudadas para que o projeto seja desenvolvido de forma segura. A apresentação aconteceu durante o Lunch of the Americas, provido pelo The Canadian Council for the Americas, durante o Global Petroleum Show.
“O Governo da Bahia está coordenando um grupo de trabalho que reúne as instituições de pesquisa, inovação e ensino mais reconhecidas da Bahia e do Brasil. O objetivo deste grupo é estudar as características da Bacia do Recôncavo e identificar os principais desafios para a produção de gás a partir de recursos não convencionais, fornecendo todos os dados encontrados para o público em geral”, afirma Maciel.
A diretora explica que a partir da divulgação destes resultados, as diversas instâncias governamentais poderão definir políticas específicas para este importante setor. “A ideia é buscar alternativas de fornecimento de gás para indústria baiana, aproveitando toda a infraestrutura que a Bahia tem como refinarias, gasodutos, linhas de transmissão, planta petroquímica, terminal de regaseificação”, destaca.
Bahiagás – Aproveitando a estadia no Canadá, a diretora de Desenvolvimento de Negócios da SDE esteve com o presidente da Alvopetro, Corey Ruttan, para tratar sobre as oportunidades da Bahia no mercado onshore e sobre o contrato de longo prazo firmado entre a empresa canadense e a Bahiagás. O acordo, com início em 2020 e duração de 15 anos, envolve fornecimento de até 500Mm³/dia de gás para companhia baiana e um total de US$ 30 milhões em investimentos previstos para 2018 e 2019, para construção de um gasoduto de 11 km e uma unidade de processamento de gás natural (UPGN).