Analistas de instituições financeiras elevaram a previsão para o déficit primário das contas do governo neste ano para R$ 151,192 bilhões. A estimativa está no mais recente levantamento feito pelo Ministério da Fazenda e divulgado nesta quinta-feira (14) dentro do chamado “Prisma Fiscal”. No levantamento anterior, divulgado em maio, os economistas previam que o rombo das contas públicas neste ano ficaria em R$ 138,543 bilhões.
Segundo o G1, a piora na expectativa acontece após a greve dos caminhoneiros, movimento que durou 11 dias. Para encerrar a paralisação da categoria nas estradas, o governo concordou em conceder subsídios de R$ 9,58 bilhões para completar a conta e baixar o preço do diesel em R$ 0,46 nas refinarias até o fim deste ano. Ao anunciar as medidas, no começo deste mês, o governo informou que R$ 5,7 bilhões viriam de uma reserva orçamentária, ou seja, recursos que ainda não tinham destino certo, e que haveria um cancelamento de despesas de R$ 3,382 bilhões.
Apesar da piora, a estimativa do mercado financeiro é inferior à meta para o resultado das contas públicas autorizada pelo Congresso e que o governo precisa perseguir neste ano, que é de rombo de até R$ 159 bilhões. Portanto, apesar da elevação na previsão de déficit, os analistas creem que o governo vai conseguir cumprir a meta fiscal de 2018. Para 2019, o mercado financeiro subiu de R$ 105,929 bilhões para R$ 117,875 bilhões a previsão para o rombo das contas públicas.