Por: Luiz Souza
A indústria de transformação na Bahia deverá manter o fôlego de crescimento nos próximos meses, apontado a uma recuperação dos piores momentos da crise, verificados no período 2015/2016. O desempenho deverá, inclusive, superar as estimativas iniciais da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), que previa um crescimento de 2,5% no acumulado de 2018, em relação ao ano anterior. Apenas para se ter uma ideia do atual ritmo de crescimento, no confronto de abril de 2018 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou crescimento de 5,4%, com sete das doze atividades pesquisadas assinalando aumento da produção.
Ainda assim, é preciso conter o otimismo, pois a base de comparação é deprimida, em virtude das agruras da crise, além do que, a tendência verificada em relação à economia baiana é que esta demonstre taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) menores em relação ao Brasil. Por hora, porém, os economistas comemoram os resultados, impulsionados pela indústria automotiva (39,2%) e pelos setores bebidas (28,1%) de produtos alimentícios (6,3%), apenas para ficar em três dos sete itens que puxaram o desempenho.
O economista Gustavo Pessoti, diretor de Indicadores e Estatística da SEI, explica que um dos fatores a continuar impulsionando os bons resultados da economia é a valorização do câmbio – com a alta do dólar, tende a haver um incremento nas exportações, pois os produtos se tornam mais competitivos, explica Pessoti. “Claro que essa situação tende a ser ruim para o país, mas, no caso da indústria, há esse elemento positivo”, prossegue.
Por outro lado, a greve dos caminhoneiros ainda não entrou no radar da pesquisa divulgada hoje, sendo detectada apenas nos levantamentos a serem divulgados nos próximos meses.
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