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FALTA DE PAGAMENTO EM DIREITO AUTORAIS PODE CANCELAR SÃO JOÃO EM SALVADOR E NO INTERIOR

Redação - 07/06/2018 07:05 - Atualizado 07/06/2018

O são João em Salvador pode não acontecer. O motivo é a falta de pagamento do governo do estado referente ao direito autoral dos artistas contratados no ano passado para a festa. De acordo com o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), a dívida do governo do Estado sequer é conhecida, uma vez que o cálculo é feito a partir dos custos com a contratação de artistas, palco, som e iluminação, até agora não apresentados pelo Executivo baiano. “O governo do Estado, nesse momento, se encontra inadimplente com as Festas Juninas de 2017. O Ecad já fez até algumas reuniões com eles para pagar isso. Falam que vão pagar, mas ainda não veio essa data”, afirmou o diretor de relações institucionais da entidade na Bahia, Márcio Moreira, em entrevista ao grupo metrópole.

Festas tradicionais :  A Falta de pagamento em direitos autorais também pode complicar a realização de algumas famosas festas juninas no São João da Bahia. As festas privadas Brega Light, Forró Ticomia, ambas em Ibicuí, e São João do Alambique, em Barreiras, estão proibidas de tocar músicas. O motivo são as dívidas com o Ecad no pagamento de direitos autorais. A suspensão é semelhante à que ocorreu em Campina Grande (PB). O diretor de relações institucionais da entidade na Bahia, Márcio Moreira, afirmou que as organizações privadas até agora não entraram com recursos contra a liminar e que os eventos poderão ficar apenas na divulgação. “Se eles vão acatar a decisão judicial ou não é decisão deles. Mas as empresas estão com essas liminares”, disse.

Alagoinhas, Amargosa, Camaçari, Cruz das Almas, Conceição do Jacuípe e Santo Antônio de Jesus têm tradição em dever os direitos autorais, “inclusive de festa junina” apontou o diretor do Ecad. “São municípios que não recolhem os direitos autorais de seus eventos. A gente já move ações contra essas prefeituras. Acredito que mais cedo ou mais tarde vai acontecer algo como em Campina Grande”, concluiu Márcio.

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