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TEMER DIZ QUE NÃO HÁ RISCO DE INTERVENÇÃO MILITAR

Redação - 29/05/2018 13:28

Em entrevista à imprensa estrangeira em fórum de investimentos em São Paulo, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta terça-feira que “não há risco” de “intervenção militar” em decorrência da paralisação de caminhoneiros, que chega ao seu 9º dia. Cartazes e faixas pedindo intervenção militar para derrubar o governo foram vistos com alguns grevistas.

Após sua participação na abertura do Fórum de Investimentos Brasil de 2018, Temer disse ainda que a redução do preço do óleo diesel anunciada pelo governo como parte das medidas para tentar acabar com a greve não irá reverter as reformas realizadas pela Petrobras para garantir a independência da estatal. Durante sua palestra, no evento que foi organizado pelo governo federal e pelo Banco Interamericano de Investimento, Temer chegou afirmar que age com “autoridade” para preservar a ordem.

O presidente também afirmou que o governo poderá ingressar com ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja declarada ilegal a greve convocada por petroleiros para quarta-feira. A paralisação convocada pela categoria, segundo o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, teria sido determinada antes da greve dos caminhoneiros.

O movimento se posiciona contra a atual política de preços da Petrobras, contra a venda de ativos pela estatal — incluindo o controle de quatro refinarias — e defende a saída do presidente da companhia, Pedro Parente. Temer esteve acompanhado no evento de seis ministros, entre eles Aloysio Nunes, das Relações Exteriores. Na entrada do auditório do evento, os participantes foram proibidos de entrar com tampas de garrafas d’água e suco que eram distribuídas no local. Seguranças alegavam que poderiam ser atiradas no presidente.

Mesmo com o anúncio de um acordo feito pelo Governo Federal no último domingo, pelo menos 17 estados brasileiros e o Distrito Federal têm manifestações no nono dia de paralisação dos caminhoneiros contra o preço do combustível. A Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB) estimou que, como resultado da paralisação, deixaram de exportar 1 bilhão de dólares em produtos.

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