A Prefeitura participou de audiência pública, na tarde de hoje (22), para apresentar o projeto do BRT aos diversos representantes de órgãos públicos, de movimentos e da sociedade civil. A audiência, mediada pelo promotor Heron Gordilho, ocorreu no auditório J.J. Calmon de Passos, no Ministério Público da Bahia, em Nazaré.
O diretor da Unidade de Gestão de Projetos Estratégicos da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), Roberto Moussallem, esclareceu, mais uma vez, dúvidas levantadas por pesquisadores e representantes de movimentos contrários à implantação do modal na cidade. Ele lembrou que a maior parte da área verde da região por onde passará o BRT será preservada. Foi autorizada a supressão de 154 árvores e vegetais e não de 577, como está sendo divulgado de má-fé por grupos ditos ambientalistas. Outros 169 vegetais serão transplantados e mil novas árvores serão plantadas como política de compensação ambiental.
“Para resolver efetivamente o problema do transporte coletivo, é preciso a implantação de uma rede integrada, com a utilização de metrô, BRT e VLT. Portanto, o BRT é um projeto importante, que visa incrementar o transporte coletivo da nossa cidade e melhorá-lo de maneira significativa. O BRT vai beneficiar diretamente 340 mil pessoas”, afirmou Moussallem.
Antes do evento de hoje, a Prefeitura já tinha realizado quatro audiências: duas públicas previstas no processo de licenciamento, e mais duas que não eram obrigatórias: uma no Ministério Público, em fevereiro de 2017, e outra na Assembleia Legislativa da Bahia, que contou com a presença do secretário Fábio Mota (Mobilidade). Além das audiências, foram realizadas apresentações públicas na Bahia e em São Paulo e diversas reuniões com entidades para discutir o projeto.
Segundo o promotor Heron Gordilho, a audiência foi necessária, visto que solicitada por ofício. “A função do Ministério Público aqui é verificar a legalidade do projeto. Um compromisso que a Prefeitura fez, que eu acho importante, é o da redução de gases do efeito estufa. Se o prefeito assumir o compromisso de colocar ônibus elétricos, será um passo importante para a cidade. O outro é o de preservar o máximo possível de árvores. Há formas de equilibrar o problema, e somente a partir do debate será possível”, disse.