Nova novela das 9 de João Emanuel Carneiro, “Segundo Sol” estreia nesta segunda-feira, 14, na Globo, com Giovanna Antonelli e Emilio Dantas como o casal protagonista, no lugar de “O Outro Lado do Paraíso”. Mas, antes mesmo de ir ao ar, “Segundo Sol” se tornou alvo de críticas. Isso porque a história se passa na Bahia, Estado com o maior porcentual de população negra do País, e o elenco da novela é predominantemente branco.
Na sexta-feira, 11, o Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidade e Eliminação da Discriminação no Trabalho, enviou à Rede Globo uma notificação recomendando à emissora a devida representação racial na novela. Segundo o MPT, o descumprimento pode resultar em ação.
Sobre as críticas e a recomendação do MPT, a Comunicação da Globo afirma que a emissora respeita a diversidade e repudia qualquer tipo de preconceito e discriminação, inclusive o racial. “Estamos atentos, ouvindo e acompanhando esses comentários, seguros de que ainda temos muita história pela frente. De fato, ainda temos uma representatividade menor do que gostaríamos e vamos trabalhar para evoluir com essa questão”, diz trecho da nota enviada pela emissora.
Na época em que o jornal O Estado de S. Paulo entrevistou João Emanuel, um dos grandes autores da teledramaturgia brasileira – que fez história com “A Favorita” e “Avenida Brasil” -, o que se debatia era a ausência de atores baianos entre os protagonistas. “Tem muito ator baiano na novela”, o autor garantiu.