Promover uma luta contra Fedor Emelianenko é uma tarefa das mais difíceis. O russo, tido por muitos como o maior peso-pesado da história, não fala inglês e nunca provoca seus adversários. Mas, quando o seu rival é Chael Sonnen, a promoção está garantida. Adversário do “Último Imperador” na semifinal do Grand Prix de pesos-pesados do Bellator, o americano iniciou as provocações. Como sabe que esta é uma via de mão única – Fedor dificilmente dará qualquer resposta a suas declarações – Sonnen aproveitou para atacar o maior patrimônio do russo: suas vitórias no Pride, considerado por muitos um dos maiores – senão o maior – evento de MMA da história.
“Você não vai falar nada de mim, mas eu vou falar de você. Não reconheço as suas vitórias armadas no Japão. O árbitro usava um fone de ouvido, você nunca passou por uma pesagem lá, nunca houve uma comissão atlética no Japão. Todos que vinham de lá para os EUA tinham cartel negativo. Por que? Vou dizer. Porque aqui as lutas são de verdade, e lá as lutas eram arranjadas. Fedor ficaria muito ofendido se eu dissesse a ele que suas lutas eram falsas. Eu disse isso a Mirko Cro Cop e ele se ofendeu, não acreditou que eu tivesse dito isso a ele. Wanderlei Silva também não acreditou que eu tivesse dito isso”.
Para Sonnen, a diferença entre o Pride e o WWE (evento de lutas coreografadas de grande popularidade nos EUA) é que neste último os dois lutadores sabem quem vai ganhar e quem vai perder, e treinam juntos a coreografia da luta, enquanto no Pride, apenas um sabia que já entraria no ringue com a ordem dada pelos promotores para perder.
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