A realidade do sistema prisional baiano pode ser ainda mais dura que a ficção da série global “Carcereiros”. Os números dos presídios do estado apontam que cerca de 65% das unidades prisionais baianas têm ocupação superior à capacidade máxima. A situação é crítica em 15 das 23 unidades prisionais no estado, que estão em situação de superlotação, o que potencialmente estimula a proliferação das facções criminosas. As informações constam de levantamento feito pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O quadro torna-se ainda mais grave, quando se leva em consideração que a taxa de superlotação na Bahia supera a média nordestina, que é de 56%.
De acordo com informações do Jornal Correio, levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que, dos 9.278 presos no estado, 6.072 são provisórios, ou 65,4% do total. Os números fazem parte do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões. Ainda em fase de implantação no sistema prisional brasileiro, os dados do banco, na Bahia, referem-se a apenas 68% das unidades prisionais – ou seja, o quadro pode ser ainda mais aterrador.