Hoje termina o prazo para que o deputado Lúcio Vieira Lima apresente sua defesa no Conselho de Ética da Câmara Federal, que havia aprovado, no último dia 10, parecer pela continuidade do processo por quebra de decoro contra o parlamentar baiano. Lúcio é investigado pela Polícia Federal (PF) por crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e peculato.
Quando da aprovação dos pareceres preliminares pela continuidade dos processos contra Lúcio (MDB), Celso Jacob (PMDB-RJ) e Paulo Maluf (PP-SP), o relator do processo contra Lúcio, o deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), mudou seu voto para acatar toda a representação da Rede e do Psol. Inicialmente, ele queria analisar apenas a possível apropriação indevida por Lúcio Vieira Lima de parte dos salários de servidores de seu gabinete. Mas foi convencido por outros parlamentares a analisar também possível quebra de decoro por ocultação, em um apartamento em Salvador, de R$ 51 milhões atribuídos ao ex-ministro e ex-deputado Geddel Vieira Lima, irmão do parlamentar acusado.
“Afastar os principais fatos da investigação é colocar em xeque a credibilidade e a própria existência do conselho”, disse o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que apresentou voto em separado – incluído pelo relator – pela representação como um todo.