O bom desempenho de Joaquim Barbosa, na última pesquisa do Instituto Datafolha divulgada no último domingo mostra que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal pode ser o elemento novo nas eleições de 2018. Barbosa atinge o patamar de 10%, sem recall e sem nunca ter feito campanha política, demonstrando que seu nome tem potencial para crescer. Além disso, o ex-ministro registra percentual superior ao registrado por Alckmin e fica próximo aos principais contendores, como Bolsonaro e Marina.
A candidatura de Barbosa, que presidiu o processo do Mensalão, é bem vista na classe média e também em setores da esquerda que não acreditam em Lula candidato, já que o ex-ministro sempre preservou o ex-presidente e foi contra o impeachment de Dilma. Assim há quem identifique Barbosa com o juiz Sérgio Moro, por seu combate à corrupção, mas há também quem o identifique com Lula, já que é um homem vindo de família pobre que subiu na vida graças ao seu esforço pessoal, além de ser negro e sempre defender as classes mais pobres.
A ascensão de Barbosa vai, no entanto, ser posta à prova a partir desta semana, já que, ao colocar seu nome na disputa, vai virar vidraça e sua vida pregressa deve parar na mídia. Para completar, Barbosa e o PSB terão de viabilizar as coligações e os apoios ao seu nome, o que não será fácil. Em São Paulo, por exemplo, o atual governador Márcio França que é do PSB apoia o presidenciável Geraldo Alckmin. De todo modo, Joaquim Barbosa é a bola da vez e aparece como um possível candidato de centro-esquerda.(EP)