Pelo segundo dia consecutivo, o governador Rui Costa elevou o tom dos protestos contra a prisão do ex-presidente Lula. Após ter dito que os políticos deveriam se unir contra supostos abusos de juízes e procuradores, o governador disse que o Brasil vive uma “ditadura camuflada”. A declaração foi feita durante a sessão especial na Assembleia Legislativa em homenagem ao petista, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
“O nosso país tem um lugar muito especial entre todos os país[es] do mundo. Nossa luta foi para construir e é para construir esse país. Hoje, a tarefa nossa é mais complexa. Se é uma ditadura militar, basta todos denunciarem, é muito explícito. Hoje, ela é mais camuflada”, protestou o governador, antecipando a linha do discurso que irá adotar na campanha, como forma de lidar com o impacto político da prisão do ex-presidente – um discurso de vitimização que questiona as ações do judiciário e dos procuradores.
“Lula nunca foi um comunista, um revolucionário, um radical. Na essência, ele governou por oito anos, sendo um conciliador, buscando unir o Brasil”, disse o governador, enquanto articula a composição da sua chapa, a qual afirmou hoje, mais cedo, não ter pressa para compor.