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BAHIA TEM A 3ª MAIOR DESIGUALDADE NO RENDIMENTO DOMICILIAR PER CAPITA EM 2017

Redação - 11/04/2018 13:49 - Atualizado 11/04/2018

Assim como ocorreu com o rendimento de trabalho, a Bahia também teve um dos maiores crescimentos na desigualdade da renda domiciliar per capita, entre 2016 e 2017, no país. Isso porque o aumento desse rendimento se concentrou fortemente nas residências que já tinham as maiores rendas, caindo naquelas com menores rendas.

Nos 10% de domicílios com maiores rendimentos no estado, a renda per capita aumentou 21,2%, passando de R$ 3.485 em 2016 para R$ 4.225 em 2017; nos 90% restantes, houve uma redução média de -3,0%, de R$ 505 em 2016 para R$ 490 em 2017. Os dados são do Rendimento de Todas as Fontes 2016-2017, da PNAD Contínua, divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Assim, no ano passado, a renda por morador nas residências com 10% maiores rendimentos (R$ 4.225) era 19 vezes aquela da metade dos domicílios com menores rendimentos (R$ 224). Em 2016, a distância entre os 10% de domicílios com maior rendimentos per capita e a metade das residência com menores rendimentos per capita era de 14 vezes – ou seja, em um ano, essa diferença cresceu 32,1%. Foi o maior aprofundamento na desigualdade do rendimento domiciliar per capita do país.

O aumento da desigualdade na renda domiciliar per capita também se evidencia no Índice de Gini, para esse rendimento que, na Bahia, teve o maior aumento do país entre 2016 e 2017, passando de 0,548 para 0,599. No Brasil como um todo, o Gini do rendimento domiciliar per capita manteve-se estável, em 0,549. A variação positiva do Índice de Gini na Bahia fez o estado passar do 9º para o 3º lugar no ranking nacional de desigualdade de renda domiciliar per capita, abaixo apenas de Amazonas (0,604) e Distrito Federal (0,602).

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