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JUSTIÇA COMPLICA RECUPERAÇÃO FINANCEIRA DA PETROBRÁS

Redação - 04/07/2018 14:15

Uma série de decisões judiciais nos últimos meses complica a trajetória de recuperação da Petrobrás – que, no início de maio, chegou a registrar o maior valor de mercado de sua história. Desde o mês passado, a empresa foi derrotada em uma ação trabalhista de R$ 15 bilhões, perdeu um processo de arbitragem internacional de R$ 2,4 bilhões e está vendo seu programa de venda de ativos definhar.

Na terça-feira, 03, a companhia anunciou que vai suspender os processos de venda de quatro refinarias e de sua participação em uma fábrica de fertilizantes e em um gasoduto, o que deve frustrar a meta de desinvestimento prevista para 2017 e 2018, de US$ 21 bilhões. Desse total, apenas US$ 4,8 bilhões entraram no caixa da petroleira.

A maré de más notícias inclui também o movimento dos caminhoneiros que levou a pressões políticas sobre a Petrobrás, culminando com mudanças na política de preços da companhia e na demissão do então presidente, Pedro Parente, que foi substituído por Ivan Monteiro. Desde o início da greve dos caminhoneiros, as ações da Petrobrás acumulam queda de 30%, o que representa uma perda de R$ 112 bilhões em valor de mercado.

O anúncio de terça-feira é uma resposta à decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que entende que privatizações precisam ser aprovadas pelo Congresso. Foram suspensas as vendas de participações em quatro refinarias, do controle da Transportadora Associada de Gás (TAG), que opera um sistema de gasodutos de 4,5 mil km, e da Araucária Nitrogenados, unidade de fertilizantes. A venda da TAG, que poderia render entre US$ 8 bilhões e US$ 9 bilhões aos cofres da estatal, já estava suspensa por decisão judicial desde o início do mês passado.

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