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ANP INTERDITA O POLO BAHIA TERRA, DESEMPREGANDO 4,5 MIL PESSOAS E GERANDO PERDA DE FATURAMENTO DE R$ 4,5 BI PARA A BAHIA

Redação - 12/01/2023 17:38 - Atualizado 12/01/2023

Conforme adiantou o portal Bahia Econômica,  o colegiado da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) negou o pedido da Petrobras para que a produção do Polo Bahia Terra fosse retomada.

A decisão vai paralisar a produção de 20 mil mil barris diários de petróleo na Bahia, resultando na perda de R$ 4,5 bilhões/ano em faturamento bruto e vai desempregar 4.500 pessoas, segundo informações do Sindpetro. A medida afeta diretamente a economia baiana e além do desemprego e da perda de receita pelos municípios prejudicará a indústria baiana, pois várias empresas se abastecem com a produção do polo.

Especialistas afirmam que não há razão para a interdição de todo o Polo Bahia Terra e que medidas pontuais poderiam ser tomadas sem paralisar o setor.

O Polo está sendo negociado pela Petrobras com um consórcio formado pela Eneva e PetroRecôncavo, dentro do plano de desinvestimentos da Petrobras feito pelo governo anterior. Há indícios de que a medida foi resultante de pressão da Federação Única dos Petroleiros (FUP) que pede a suspensão da venda.  A venda não traz prejuízo para a Petrobras já que os campos maduros não são lucrativos para a estatal.

O relator do processo,  diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, sugeriu, no entanto, a criação de um grupo de trabalho para monitorar a situação do Polo e articular a retomada gradual e completa da produção. Mas a venda dos campos estará suspensa.

Na defesa da continuidade da operação do polo, a  Petrobras argumentou que a interdição do Polo Bahia Terra, que arrecada quase R$ 200 milhões em royalties, afetará municípios baianos e impactar na geração de empregos e renda no local da operação.

Está sendo aguardada uma manifestação do governo baiano sobre o assunto. 

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