Está previsto para ser publicado até esta sexta-feira (30) um decreto autorizando a retomada das aulas no ensino superior na Bahia a partir do dia 3 novembro. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB-BA) já se posicionou contrário.
A informação de que o retorno das atividades do ensino superior está mais próximo foi dada pelo governador da Bahia, Rui Costa. O retorno vai acontecer de forma escalonada: começando pelas universidades, depois Ensino Médio, Fundamental e, por último, o Ensino Infantil. Em todos os casos, serão exigidas ações como metade da lotação das salas, álcool em gel nos corredores, e pias extras para lavagem das mãos.
“Seguindo as etapas, nós estamos facultando, possibilitando, o início das atividades presenciais do ensino superior. Quando a educação básica, nós não temos ainda uma data. Nós temos um decreto do governador que indica as escolas fechadas sem atividades escolares até o dia 15 de novembro. Ao longo desse processo, nós avaliaremos as condições reais sobre a educação básica no estado da Bahia”, contou o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues.
Conforme o G1, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste, em boletim, disse que no contexto do Nordeste outros fatores precisam ser levados em consideração, além da situação epidemiológica. Afirmou ainda que a quarentena acentuou as já conhecidas desigualdades na educação. Por isso, orientou que os estados seguissem um planejamento rigoroso para a volta progressiva e escalonada às aulas, seguindo normas rígidas de prevenção.
A APLB também é contra o retorno das aulas este ano. Para a entidade, a situação põe em risco a vida de professores e alunos. “Nós não vamos aceitar. A orientação nossa é resistir. A nossa posição é ter uma estratégia de ensino remoto, principalmente para o pessoal do terceiro ano que vai fazer o Enem, e preparar para próximo ano, quando vamos ter o ensino hibrido, que é remoto e presencial. E juntar dois anos em um”, contou Rui Oliveira, presidente do sindicato.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil