O empreendedorismo empresarial avançou na Bahia e o estado teve, entre 2017 e 2018, um crescimento recorde no número de empresas de alto crescimento. Em um ano, o total de unidades locais de empresas de alto crescimento subiu 17,6%, passando de 1.980 para 2.328, o que representou mais 348 unidades locais dessa categoria.
Foi o maior incremento, tanto em termos percentuais quanto absolutos desde 2008, quando teve início a série histórica do estudo Demografia das Empresas, realizado anualmente pelo IBGE. E o segundo aumento consecutivo, porém, em 2018, o número de unidades de alto crescimento na Bahia (2.328) ainda não chegava ao existente em 2015 (2.584) e estava 32,8% abaixo do ponto mais alto da série, ocorrido em 2012 (3.465 unidades de alto crescimento).
Conforme divulgou hoje (22) o IBGE, empresas de alto crescimento são aquelas que mostram um aumento médio do pessoal ocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano por um período de três anos seguidos e que tinham 10 ou mais trabalhadores assalariados no primeiro ano de observação. Ou seja, são empresas que crescem em porte e, por isso, têm muita importância na geração de emprego.
Além disso, as unidades empresariais de alto crescimento representavam, em 2018, só 1,1% do total de unidades locais ativas na Bahia. Entre 2017 e 2018, o número de unidades locais de empresas de alto crescimento voltou a crescer no Brasil como um todo (+17,7%), após cinco anos de quedas consecutivas, passando de 44.659 para 52.580. Houve avanços em 23 dos 27 estados.
No estado, 15 das 19 atividades econômicas tiveram aumento no número de unidades de alto crescimento entre 2017 e 2018. Os segmentos que lideraram esse avanço, em termos absolutos, foram comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+204 unidades locais de alto crescimento); eletricidade e gás (+30) e saúde humana e serviços sociais (+30); e alojamento e alimentação (+27).
No outro extremo, informação e comunicação (-35 unidades de alto crescimento), educação (-18) e outras atividades de serviços (-7) tiveram redução, enquanto o segmento de administração pública, defesa e seguridade social mostrou estabilidade, entre 2017 e 2018.
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