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BOLSONARO DESAUTORIZA PAZUELLO SOBRE VACINA CHINESA

Redação - 21/10/2020 09:03 - Atualizado 21/10/2020

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (21) que a vacina Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, não será comprada pelo governo federal. A afirmação foi feita em resposta ao comentário de uma pessoa no Facebook.

“Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa”, escreveu o indivíduo. Bolsonaro respondeu: “Não será comprada”.

De acordo com a Revista Veja, nesta terça, depois de uma reunião com governadores, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a vacina da China, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, seria o imunizante brasileiro na luta contra o vírus, um protocolo de intenções teria sido desenhado para garantir a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac no fim do ano e outro lote de 100 milhões de doses no meio de 2021 (veja aqui).

A adesão da Saúde, que anunciou ainda a edição de uma medida provisória de 1,9 bilhão de reais para a compra do produto, pegou o Planalto de surpresa. Pazuello foi fortemente cobrado por Jair Bolsonaro diante da leitura de que o ministro, ingênuo politicamente, acabou oferecendo a Doria “o grande palanque nacional da vacina”, um erro político semelhante ao de Mandetta, na avaliação do Planalto.

Bolsonaro chamou uma reunião com Pazuello logo cedo para cobrar explicações. A leitura, segundo auxiliares palacianos, é de que o ministro se deixou envolver por Doria, franqueando os holofotes político ao governador, que capturou o noticiário de grande organizador da vacina, enquanto o governo Bolsonaro, que bancará toda a logística, saiu como coadjuvante.

Há pouco, nas redes, Bolsonaro desautorizou o auxiliar ao escrever numa rede social, em letras garrafais, além que a vacina chinesa não será comprada, que “Qualquer coisa publicada sem comprovação vira traição”, escreveu Bolsonaro.

Foto: Reuters/Adriano Machado

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