Em setembro, deste ano, cinco dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registraram aumento na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Segundo divulgou o IBGE nesta sexta-feira (09), os preços dos alimentos aceleraram de forma significativa e tiveram aumento de 1,97%, o maior dentre os grupos, após terem registrado leve deflação em agosto (-0,19%). Reassumiram, assim, a liderança como principal pressão inflacionária na RM Salvador, puxados pelos produtos consumidos em casa (2,70%), sobretudo as carnes (7,72%).
A costela (15,10%) foi o item que, individualmente, mais contribuiu para a alta da inflação de setembro, na RMS. Arroz (11,33%), óleo de soja (28,55%), leite longa vida (6,66%) e tomate (13,55%) também foram pressões importantes entre os alimentos. As altas nos preços do arroz e do óleo estão relacionadas ao dólar valorizado, que estimula as exportações, e à maior demanda interna.
Com o terceiro maior aumento médio em setembro, o grupo habitação (0,87%) teve a segunda maior contribuição para o IPCA do mês na RM Salvador, puxado pelo gás de botijão (4,18%)
Dentre os quatro grupos de produtos e serviços com quedas médias de preços, os que mais ajudaram a conter a inflação de setembro na Região Metropolitana de Salvador foram transportes (-1,38%, recuo mais intenso) e saúde e cuidados pessoais (-0,59%).
A RM Salvador foi a única das 16 áreas investigadas no IPCA que teve queda no preço médio da gasolina (-6,04%), item que deu a maior contribuição individual para segurar a alta do índice. Conserto de automóvel (-1,38%) e transporte por aplicativo (-7,71%) também foram importantes.
Dentre os itens do grupo saúde e cuidados pessoais (-0,59%), plano de saúde (-2,26%) e produtos farmacêuticos/ remédios em geral (-0,52%) foram algumas das principais influências para baixo.
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Foto: Josenildo Almeida/ GovBA