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30% A 50% DAS MULHERES DIAGNOSTICADAS COM ENDOMETRIOSE ENFRENTEM PROBLEMAS DE FERTILIDADE

João Paulo - 13/03/2025 08:40 - Atualizado 13/03/2025

Março é o mês dedicado à conscientização sobre a endometriose, uma doença ginecológica que afeta cerca de 200 milhões de mulheres ao redor do mundo, das quais 6 milhões estão no Brasil. Conhecido como Março Amarelo, o mês serve para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado dessa condição crônica, que pode comprometer não apenas a saúde física e emocional, mas também a fertilidade das mulheres.

A endometriose ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio, que normalmente reveste o útero, cresce fora dele, gerando inflamação, dor intensa e dificuldades para engravidar. Estima-se que de 30% a 50% das mulheres diagnosticadas com endometriose enfrentem problemas de fertilidade devido à formação de aderências, que dificultam o movimento dos óvulos e espermatozoides, afetando a concepção.

“Embora a endometriose seja uma doença dolorosa e debilitante, muitas mulheres desconhecem que ela pode afetar gravemente sua capacidade de engravidar”, conta a Dra. Genevieve Coelho, Diretora Médica do IVI Salvador. “A medicina reprodutiva tem um papel fundamental no tratamento da infertilidade causada pela endometriose, pois oferece técnicas que podem contornar as dificuldades naturais de concepção. Em muitos casos, a FIV (fertilização in vitro) é a melhor alternativa para essas pacientes”.

O diagnóstico da endometriose pode ser desafiador, já que os sintomas variam de mulher para mulher. Cólica intensa, dor durante as relações sexuais e dificuldades para engravidar são alguns dos sinais mais comuns. Quando não diagnosticada de forma precoce, a doença pode comprometer a qualidade dos óvulos e as trompas de falópio, dificultando ainda mais a fertilização natural.

A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina no Brasil e no mundo, e muitos casos de fertilização assistida estão relacionados a ela. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a doença é responsável por uma grande parte dos tratamentos de fertilização realizados globalmente. Apesar de sua alta prevalência, a doença ainda é pouco discutida, o que leva a diagnósticos tardios e tratamentos inadequados.

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