O recuo histórico de 26,5% na produção industrial da Bahia em abril deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, refletiu as quedas tanto na indústria de transformação (-26,6%) quanto na indústria extrativa (-24,9%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) divulgada hoje (9) pelo IBGE.
Das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado, apenas 3 tiveram resultados positivos: fabricação de celulose, papel e produtos de papel (5,6%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (4,2%) e a indústria alimentícia (1,8%).
Por outro lado, dentre as 8 atividades industriais com queda na produção no estado, o principal impacto negativo veio da indústria automobilística. A fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias caiu expressivos 97,2% frente a abril de 2019.
Foi o maior recuo no mês e a maior contribuição para o resultado negativo em geral. A queda na produção de automóveis foi decisiva também para o recuo na fabricação de produtos de borracha e material plástico (-67,6%), que teve a terceira maior retração e o segundo principal impacto negativo na indústria da Bahia, em abril.
O tombo na indústria de automóveis no estado foi o segundo maior da série histórica, acima apenas do verificado em dezembro de 2008, quando a atividade teve sua produção zerada (-100,0%) frente ao mesmo mês do ano anterior. Já a queda na fabricação de materiais de borracha e plástico foi a maior da série, iniciada em 2003 para os indicadores por segmento produtivo.
Por sua vez, as três atividades industriais em alta na Bahia (derivados de petróleo, celulose e alimentos) sustentam resultados positivos desde janeiro deste ano, embora tenham mostrado redução no ritmo de crescimento da produção em abril.
Foto: Epitácio Pessoa/Estadão Conteúdo