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BOULOS CRITICA RUI COSTA PELO FECHAMENTO DO ODORICO E DIZ QUE ELEIÇÕES MUNICIPAIS SERÃO TESTE PARA BOLSONARO EM 2022

Redação - 24/01/2020 14:50

Em entrevista a rádio metrópole, o coordenador do MTST e da frente Povo Sem Medo Guilherme Boulos criticou, a decisão do governador Rui Costa (PT) de fechamento do Colégio Odorico Tavares, em Salvador. O ex-candidato à Presidência da República também reclamou do que chamou de “militarização” das escolas que, segundo Boulos, ocorre na gestão petista na Bahia. Ele diz que essas são algumas das diferenças que têm em relação a Rui, que também faz oposição ao governo Jair Bolsonaro.

“Essa é uma diferença que tenho com políticas de Rui Costa na Bahia. É um governador de oposição e acho que consórcio do Nordeste é contraponto importante ao bolsonarismo. Agora quando vai lá quando faz Reforma da Previdência seguida da de Bolsonaro aqui na Bahia. Quando vai lá e faz uma política de militarização de escola. Eu conversei ontem com professores e estudantes, do caso do Odorico. Fechar uma escola e ainda pegar área, no metro quadrado de Salvador, e colocar a leilão, para virar uma torre de empreendimento, em uma área que é pública. Acho que é preciso fazer um contraponto maior. Acho que o tipo de oposição que a gente precisa contra o bolsonarismo é uma oposição que vai disputar valores com a sociedade, que não fica acuada debaixo da cama, que tome as ruas do Brasil”, afirmou.

Para ele, a oposição não pode ser “bem comportada” e fazer um enfrentamento direto ao bolsonarismo. “Temos hoje no Brasil um governo selvagem e de barbárie. Um governo que maltrata jornalistas e é vexatório ver a forma que ele trata. Acho que não é do profissional, que é obrigado a estar lá. Acho que os donos de jornais tinham que tomar vergonha e não submeter seus profissionais àquele constangimento. Glenn (Greenwald) foi denunciado porque fez jornalismo, o trabalho dele. Você tem governo que é de destruição nacional. Você tem governo que subordina Brasil aos EUA, que desmata Amazônia, que mata indígena e quilombola, que trata com desdém o povo nordestino. As referências de Bolsonaro ao Nordeste (que não elegeu ele) são indignas de um chefe de Estado”, afirma.

O líder do Psol também afirmou que a eleição municipal deste ano será um teste para medir forças do presidente da República Jair Bolsonaro. “Acho que vai ser eleição mais nacionalizada dos últimos tempos. Até pelo clima de conflito a toda hora que ele produz no Brasil. Vai fazer com que seja uma espécie de plebiscito em relação ao bolsonarismo”, declarou. Para ele, o maior desafio dos partidos de oposição a Bolsonaro é derrotar a agenda do presidente io avanço do projeto dele nas principais cidades brasileiras. “Porque se ele ganha nas grandes cidades e capitais, isso vai significar uma alavanca, uma espécie de sinal verde, para avançar ainda mais no processo de destruição da democracia e dos direitos”, justificou.

Foto: divulgação

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