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IPCA DEVE FICAR EM 0,05% DEVIDO BAIXO CONSUMO, DIZ ESPECIALISTA

Redação - 09/10/2019 09:25 - Atualizado 09/10/2019

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará, nesta quarta-feira (9), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pesquisa mensal que mede a variação de preços do mercado para o consumidor final e representa o índice oficial da inflação no Brasil. Para o professor da Faculdade Fipecafi, George Sales, a previsão é de que o IPCA de setembro fique na média de 0,05%, menor que os 0,11% registrados no mês de agosto. “A população desocupada do país teve redução, mas ainda continua bastante elevado o número de brasileiros desempregados. Por isso, acredito que fatores como estes continuam influenciando a queda de consumo, o que, consequentemente, impactou a redução de atividade econômica acumulada”, explica.

De acordo com a análise do especialista, a previsão anual do índice é de que fique em 3,42%, sendo que a estimativa era de 3,43%. “Considerando os números anteriores seria uma queda de apenas 00,1%. Já a estimativa para a taxa básica de juros, a taxa Selic, continua referência em 4,75%”, diz. Para o professor, as cestas de consumo utilizadas pelo IPCA refletem muito nas pessoas que ganham entre um e 40 salários mínimos. Portanto, o seu aumento pode impactar no poder de compra do trabalhador até que chegue a sua>Na análise de Sales, as variações de preços nas categorias, como saúde, alimentação e transportes, afetam diretamente o resultado do índice. De acordo com os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, em 2018, as famílias tiveram a maioria de seus gastos mensais nos mesmos itens que influenciam diretamente nos resultados do IPCA.

Na análise de Sales, quando se fala sobre o setor empresarial, a influência do IPCA neste departamento pode afetar os investimentos. “Isso acontece quando muitos papéis de longo prazo utilizam o índice em forma de correção monetária. O principal exemplo disso é a NTN-B, então, em outras palavras, um menor avanço significa um menor rendimento”, declara.

Em vigor há exatos 20 dias, a nova linha de crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal com fator de correção pelo índice oficial de inflação (IPCA) tem taxas de juros que variam de 2,95% a 4,95% ao ano e, em simulações, tem apresentado prestações entre 35% e 50% mais baixas quando comparadas a valores de contratos atrelados à Taxa Referencial (TR) – estes com juros entre 8,5% e 9,75% ao ano. Dito isso, a primeira impressão que se tem é que esta nova condição é a melhor opção para o consumidor – só que não. Segundo os especialistas ouvidos pela reportagem, cada caso é um caso e contas devem ser feitas na ponta do lápis.(Veja aqui)

Foto: divulgação

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