

Luiz Carlos Suíca, militante histórico e defensor dos trabalhadores da limpeza urbana, repudiou publicamente o tratamento que garis e margaridas vêm sofrendo em diferentes municípios da Bahia. Segundo ele, episódios recentes de humilhação, amplamente divulgados nas redes sociais, revelam o desrespeito de parte da população com uma categoria essencial para o funcionamento das cidades. Suíca afirmou que acompanha os casos e tem acionado o Sindilimp e o Ministério Público para cobrar providências.
Indignado, ele citou situações recentes que ganharam repercussão.. “Em um município da Bahia, uma família tentou humilhar um trabalhador, obrigando que ele recolhesse o lixo dentro do próprio estabelecimento. Isso não pode acontecer”, afirmou. Para Suíca, o problema não é isolado. “Isso acontece em vários lugares. As pessoas precisam entender que essa categoria tem força e presta um serviço essencial”, completou.
O militante também lembrou episódios de repercussão nacional, como o caso ocorrido em Santa Inês, no Maranhão, onde um servidor foi demitido após negar a entrega de uma cesta básica a um gari. “Esses fatos mostram que a categoria tem força e que essa força está aparecendo. Se os garis pararem, a cidade para. E aí quem vai se responsabilizar?”, questionou, ao destacar que o desrespeito aos trabalhadores afeta diretamente a coletividade.
Suíca defendeu uma atuação mais firme do sindicato e das autoridades para coibir abusos. “O Sindilimp precisa acompanhar esses casos, e o Ministério Público também. O lixo é responsabilidade do poder público e das empresas. Não é aceitável que o trabalhador seja humilhado”, disse.
Ele reforçou ainda seu compromisso com a categoria. “Recebo ligações todos os dias de trabalhadores pedindo ajuda. Recentemente, estive em Brasília na defesa do PL 4146/2020, que regulamenta a profissão e garante direitos. Vou continuar nessa luta, porque esses trabalhadores merecem respeito, dignidade e reconhecimento”, concluiu.