O deputado federal Otto Filho (PSD) afirmou que deixará a política partidária após assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE). A indicação foi aprovada pelo plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) e referendada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) no Diário Oficial no dia seguinte à votação.
Após a confirmação, Otto Filho celebrou o resultado e afirmou que a nova função representa a continuidade do serviço público sob outra perspectiva. “Quer queira, quer não, eu vou continuar sendo servidor público e você tem que ter a humildade para reconhecer que você está lá a serviço do povo, para melhorar a qualidade de serviço nas prefeituras, apoiar o Estado, ser um bom conselheiro, apoiar e ajudar esses meus amigos, deputados, prefeitos a fazer uma boa gestão dos municípios”, disse.
Ao justificar a saída da Câmara dos Deputados, o parlamentar afirmou que encarou a mudança como um novo ciclo. “Sou uma pessoa que vive muito o presente. Não vive o futuro, porque o futuro pertence a Deus. E chegou um momento em que eu tive a oportunidade de ir para deputado federal de novo e apareceu essa oportunidade de ir pro Tribunal e eu achei que seria uma boa oportunidade”, declarou.
Otto Filho evitou comentar as articulações políticas para a formação da chapa governista nas eleições de 2026, que envolvem a tentativa de reeleição do governador Jerônimo Rodrigues e as possíveis candidaturas de Jaques Wagner e Rui Costa (PT) ao Senado, cenário que poderia excluir o senador Angelo Coronel (PSD).
Questionado sobre eventual participação nessas negociações, o deputado garantiu que não seguirá atuando na política após assumir o cargo no TCE e afirmou que o irmão, Daniel Alencar, deve assumir esse papel. “Isso aí já não cabe mais a mim. Eu saio realmente da política e vou continuar atendendo os amigos no Tribunal, mas não diretamente e nem fazendo política. Não dá mais para fazer isso. Isso vai acabar agora talvez o meu irmão Daniel, que eu acho que vem para me substituir. Ele está viajando no meu pai, eu acho que ele vai ser o candidato a deputado federal, isso depende muito dele. E, independente disso, voltar lá realmente no tribunal de contas, mas política já não vou me envolver mais”, afirmou.
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