

Pilotos e comissários de voo de todo o país declararam estado de greve após rejeitarem duas propostas de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), incluindo um texto mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A decisão foi divulgada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e ocorre em um momento de alta demanda no transporte aéreo, às vésperas do Ano Novo.
Apesar do indicativo de paralisação, o sindicato informou que os tripulantes seguem exercendo suas atividades normalmente até a realização da assembleia que decidirá sobre a deflagração da greve. A reunião está marcada para a próxima segunda-feira (29), às 9h30, na sede do SNA, em São Paulo, quando a categoria irá deliberar se suspende ou não as operações.
De acordo com o SNA, tanto a proposta apresentada pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) quanto o texto mediado pelo TST foram rejeitados por não garantirem ganho real nos salários e por não avançarem em pontos considerados prioritários pelos aeronautas. Entre as principais reivindicações estão medidas para o combate à fadiga e o fortalecimento da segurança operacional.
Caso a greve seja aprovada, o movimento poderá impactar significativamente o setor aéreo em um período crítico, marcado pelo aumento expressivo no fluxo de passageiros. Uma eventual paralisação pode resultar em atrasos, cancelamentos de voos e necessidade de reacomodação de viajantes.
O sindicato classificou a mobilização como um último recurso diante do impasse nas negociações e destacou que a valorização dos aeronautas é fundamental para a manutenção dos padrões de segurança e da qualidade dos serviços prestados à aviação civil brasileira.
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