Após registrar, em fevereiro, a maior inflação acumulada em 12 meses desde a implantação do real, o café deve começar a apresentar queda mais perceptível nos preços apenas em 2026, tornando-se gradualmente mais acessível aos consumidores.
A expectativa do setor é de que condições climáticas mais favoráveis contribuam para uma boa safra no próximo ano. Apesar disso, os efeitos das altas temperaturas e da estiagem ainda seguem impactando o mercado, já que os cafezais não conseguiram se recuperar totalmente das perdas recentes na produção.
Diante desse cenário, a redução nos preços tende a ser lenta e discreta, movimento que já começa a ser observado. Em agosto, o café registrou queda de 0,23%, a primeira desde dezembro de 2023.
Para 2026, a projeção indica um volume de chuvas mais adequado durante a fase de florada das lavouras. Caso as precipitações no primeiro trimestre sejam suficientes, os grãos devem se desenvolver de forma satisfatória, o que pode elevar a produção brasileira de café arábica e ajudar na recomposição dos estoques globais. Até lá, porém, a oferta segue restrita.
O café arábica, variedade mais cultivada no Brasil, apresenta melhor desenvolvimento em temperaturas entre 18°C e 22°C. Além disso, é o tipo mais consumido no país, por ser considerado de sabor mais suave e qualidade superior.
Foto: Reprodução
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
