

O mercado mundial de piercings está em alta e movimenta cerca de US$ 8 bilhões por ano. Segundo a Future Market Reports, a expectativa é de crescimento médio de 8,5% ao ano até 2032, quando o faturamento deve alcançar aproximadamente US$ 15 bilhões.
No Brasil, o setor movimenta R$ 218 milhões por ano e também apresenta um cenário de crescimento. Dados da Cognitive Market Research indicam que o faturamento deve atingir US$ 376 milhões até 2033.
O interesse pelo piercing acompanha mudanças culturais recentes, já que 14% dos usuários têm menos de 18 anos. Dados apontam que 83,4% colocaram o primeiro piercing aos 16 anos ou menos, o que reforça a relação do acessório com o processo de construção de identidade.
A popularização de estúdios especializados e a maior abertura familiar contribuíram para esse movimento. A faixa etária mais presente no mercado é a de 19 a 29 anos, responsável por mais de 45% dos consumidores.
Esse movimento contemporâneo dialoga com uma tradição milenar. Em civilizações antigas, como egípcios, maias e povos do Oriente Médio, os piercings eram usados com funções espirituais, sociais ou rituais.
No século XX, o acessório ganhou novos significados ao desafiar normas: nos anos 1970, hippies americanos resgataram o piercing de nariz após viagens à Índia; já a cultura punk dos anos 80 transformou o item em símbolo de rebeldia.
Além do apelo visual, o piercing simboliza aspectos como autenticidade e liberdade pessoal. Com técnicas mais seguras e profissionais especializados, o procedimento ganhou credibilidade e se consolidou entre as novas gerações.
A orelha é a região mais escolhida para perfurações, respondendo por 54,7% dos casos. Lóbulo e cartilagem são os preferidos por oferecerem cicatrização mais rápida e maior aceitação estética.
O piercing no nariz aparece em segundo lugar, representando 35,4% das escolhas. Geralmente aplicado no septo ou nas narinas, é frequentemente visto nas redes sociais e em editoriais de moda.
O umbigo corresponde a 20,4% dos procedimentos, principalmente entre o público feminino. Já o piercing na língua aparece em 7,7% dos casos, sendo uma opção para quem busca um visual de maior impacto.
A expansão para outras áreas do corpo ocorre gradualmente, mas ainda está condicionada à aceitação cultural e à disponibilidade de estúdios tecnicamente preparados. O cenário indica um mercado em evolução, com espaço para inovação em estilo e técnica.
A orientação de especialistas é fundamental para garantir uma cicatrização adequada e evitar complicações. De acordo com a Piercing Lab, empresa brasileira do setor, algumas recomendações essenciais incluem:
Quando realizado com acompanhamento especializado e materiais adequados, o piercing pode ser um acessório seguro e duradouro. Por isso, é essencial procurar referências confiáveis para garantir estilo aliado à segurança.
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