

O técnico Abel Braga e o Internacional foram acionados na Justiça Desportiva (STJD) nesta segunda-feira (1) pelo Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+ devido a uma fala homofóbica do treinador durante sua apresentação oficial no clube gaúcho. Outra entidade, o coletivo de torcidas Canarinhos LGBT, também formalizou uma denúncia.
Durante a coletiva de imprensa em 30 de novembro de 2025, Abel Braga, ao relatar uma conversa anterior sobre o uniforme de treino, utilizou a expressão: “Eu falei: ‘Pô, eu não quero meu time treinando de camisa rosa, parece time de viado'”.
O Grupo Arco-Íris e outros coletivos acionaram a Procuradoria do STJD, argumentando que a fala configura uma “clara violação das normas desportivas” e evidencia um “padrão preocupante”, já que o ex-técnico do Inter, Ramón Díaz, também havia feito um comentário machista recentemente (“futebol é para homens, não para meninas”).
O regulamento do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê punições severas para casos de discriminação, incluindo suspensão de até 10 jogos e multa de até R$ 100 mil. O clube também pode ser punido. As entidades pedem ainda medidas de reparação, como a participação em seminários e campanhas de conscientização.
A declaração gerou grande repercussão nacional e internacional, sendo classificada como “escândalo” pela imprensa estrangeira. Após a polêmica, Abel Braga usou suas redes sociais para pedir desculpas, afirmando que “cores não definem gêneros” e que o clube precisava de paz.
Foto: Divulgação