quarta, 26 de novembro de 2025
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ANÁLISE JURÍDICA: COMO A DECISÃO DE MORAES IMPACTA BOLSONARO E SUA DEFESA

Igor Lima - 26/11/2025 10:42

A defesa de Jair Bolsonaro apresentou argumentos inéditos para justificar a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica pelo ex‑presidente. Segundo os advogados, o episódio não teria caráter de fuga, mas seria resultado de um quadro de confusão mental e alucinações provocadas por medicamentos prescritos para tratar comorbidades.

Em petição enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa cita o uso de clorpromazina, gabapentina e pregabalina, que, segundo eles, poderiam ter provocado desorientação, paranoia e alucinações. Os advogados pedem a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar humanitária, ressaltando a idade avançada e o estado de saúde fragilizado de Bolsonaro.

De acordo com o relato do ex‑presidente durante audiência de custódia, ele acreditou, na madrugada do incidente, que a tornozeleira estava sendo monitorada de forma irregular. Esse suposto “episódio de alucinação” teria motivado a tentativa de abrir a tampa do dispositivo com um ferro de soldar. Bolsonaro afirmou que interrompeu a ação assim que percebeu que havia se enganado, negando qualquer intenção de fuga.

A defesa reforça que, apesar do dano ao aparelho, a tornozeleira permaneceu no tornozelo e que não houve esforço para removê-la. Vídeos de monitoramento apresentados mostram o ex-presidente confuso, mas sem tentar escapar, conforme os advogados.

O episódio reacende o debate sobre a condição de saúde de Bolsonaro na prisão e sobre a aplicação de medidas cautelares alternativas, enquanto o STF avalia os argumentos da defesa

Foto: Jorge Sant’Ana/TV Globo

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