

O Projeto de Qualificação de Grupos e Comunidades Tradicionais em Artesanato e Áreas Afins, promovido pelo Programa Artesanato da Bahia, teve seu encerramento nesta segunda-feira (24), com a certificação de 250 artesãs e artesãos que participaram da ação. O evento, realizado no Espaço Crescer, da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), em Salvador, não foi apenas uma cerimônia de conclusão, mas um catalisador para o futuro digital e a autonomia de artesãos das comunidades indígenas e de matriz africana de todo o estado.
O encontro foi a finalização de uma jornada de qualificação intensiva, resultado da colaboração entre a Coordenação de Fomento ao Artesanato da Bahia e a Organização Social Comunidade, Cidadania e Vida (COMVIDA). O ponto alto da celebração foi a efetiva transferência de “mini estúdios digitais” completos para cada um dos 10 grupos e comunidades atendidos pelo projeto. Cada estúdio é composto por notebook, smartphone, microfone de alta qualidade para câmera e smartphone, kit de iluminação profissional, incluindo tripé para celular, pau de selfie, luz de LED, tripé e papel para fundo infinito, e chip de telefonia móvel com crédito para acesso à internet. Esta infraestrutura digital, agora em posse dos artesãos, os habilita a se tornarem protagonistas da própria narrativa, compartilhando suas histórias, técnicas e o valor cultural de seu trabalho diretamente com um público global, sem intermediários.
“Nosso objetivo é promover e divulgar ainda mais o Artesanato da Bahia, mostrando às pessoas que, além de fortalecer a sua identidade cultural como patrimônio do nosso povo, ele também gera renda. O propósito central, juntamente com o fortalecimento da identidade cultural, é beneficiar essas comunidades, gerando renda para as famílias e impulsionando a economia local, pois mesmo quem não é artesão ou artesã se beneficia do fortalecimento do artesanato.”,salientou o secretário da Setre, Augusto Vasconcelos.
O projeto alcançou um impacto significativo, qualificando e apoiando 250 artesãs e artesãos, organizados em grupos produtivos, associações e cooperativas. O foco em povos e comunidades tradicionais, especificamente comunidades indígenas e de matriz africana, reforça o compromisso do programa com a valorização da rica diversidade cultural da Bahia e a promoção da equidade. Integrantes do Quilombo Quingoma (Lauro de Freitas), do Quilombo Pitanga dos Palmares (Simões Filho), do Quilombo Caboronga e Olaria (Irará), da Aldeia Tucun Tupinambá (Olivença-Ilhéus), da Mulheres em Ação – Aldeia Coroa Vermelha (Santa Cruz Cabrália), da Aldeia Barra Velha (Porto Seguro), de Baixios (Esplanada), do Quilombo da Lagoa (Inhambupe) e do Quilombo Oiteiro (Alagoinhas) participaram do projeto e representaram um mosaico da riqueza cultural baiana.
“Neste Mês da Consciência Negra, ficamos muito felizes por realizar esta entrega para comunidades quilombolas e indígenas. Foi a conclusão de um curso que levou mais de um ano, abrangendo marketing, comercialização de fotografia e outras técnicas, juntamente com a entrega de kits multimídia. O objetivo é que essas pessoas possam, de fato, além de terem concluído o curso, vender, comercializar e gerar renda. É o artesanato da Bahia impulsionando a renda e o futuro dessas pessoas. Viva o artesanato da Bahia!”, ressaltou o coordenador de fomento ao Artesanato da Bahia, Weslen Moreira.
Foto: divulgação



