

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no sábado (22), gerou reações divididas entre vereadores da Câmara Municipal de Salvador (CMS). Enquanto a oposição celebrou o entendimento da Corte, aliados do ex-presidente classificaram a medida como autoritária.
Parlamentares da bancada de oposição, liderada pela vereadora Aladilce Souza (PCdoB), comemoraram publicamente a decisão e reforçaram o risco de fuga apontado pelo STF. “A Justiça fez seu curso. Jair Bolsonaro foi preso pela Polícia Federal em cumprimento a uma decisão do STF por risco à ordem pública. Uma prisão preventiva, não é execução de pena ainda, mas há muito o que se comemorar. A noção de que ninguém está acima da lei se reafirma”, escreveu a líder da minoria.
Também da oposição, a vereadora Marta Rodrigues (PT) afirmou que a prisão “reforça que a lei deve valer para todos”. Para ela, o ato representa “um passo na defesa da democracia e da justiça”. Hamilton Assis (Psol) disse que a tentativa de fuga atribuída ao ex-presidente é “mais um capítulo da novela do golpismo que nunca acaba”, e defendeu que Bolsonaro cumpra a pena imposta no julgamento da trama golpista, reforçando que “não haverá anistia para golpista”.
Já o vereador Cezar Leite (PL), mais alinhado ao bolsonarismo na CMS, criticou duramente a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Ele classificou a justificativa de risco de fuga como “puro autoritarismo” e afirmou: “Não é justiça, é perseguição política institucionalizada. Quando uma decisão individual consegue calar milhões, é o Brasil inteiro que está sendo algemado junto”.
Foto: Reginaldo Ipê/CMS



