

O líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Tiago Correia (PSDB), criticou a condução do líder do Governo, deputado Rosemberg Pinto (PT), para aprovar, em regime de urgência, um pedido de autorização de empréstimo enviados pelo Executivo de R$ 2 bilhões.
A aprovação ocorreu após um momento de paralisação da sessão, quando parte do plenário ainda não havia retomado os trabalhos. Segundo Correia, esse cenário abriu espaço para que o Governo avançasse sem que os parlamentares percebessem a leitura da matéria. “Realmente, em um momento de desatenção, não percebemos a leitura do projeto pela presidente Ivana Bastos. É do jogo parlamentar, mas, tratando de uma matéria dessa magnitude, considero uma tamanha irresponsabilidade”, afirmou.
Com apenas 15 deputados governistas presentes, a urgência do projeto de R$ 2 bilhões foi aprovada. A votação nominal, solicitada pelo líder da oposição, expôs o tamanho da operação: cada um desses 15 parlamentares, na prática, assumiu individualmente a responsabilidade equivalente a cerca de R$ 133,3 milhões em novo endividamento do Estado.
Os deputados da base que votaram pela urgência foram: Fátima Nunes; Rosemberg Pinto; Zó; Maria del Carmen; Felipe; Marconi; Fabíola; Ângelo Filho; Ludmila; Matheus; Rogério Andrade; Marcinho; Júnior Muniz; Robinson e Olívia.
Para Tiago Correia, o episódio revela “um retrato claro da imprudência do Governo, que prefere recorrer a atalhos regimentais e artifícios de ocasião a encarar o debate transparente sobre uma dívida bilionária que afetará toda a população baiana”.
O líder da Oposição reforçou que a estratégia do Governo atinge um nível “alarmante” de descuido institucional. “É estarrecedor que o próprio Governo não consiga garantir quórum para votar um tema dessa magnitude e, ainda assim, force a aprovação de um endividamento bilionário sem a presença do plenário e sem a mínima discussão. É um desrespeito com esta Casa, com o processo legislativo e, sobretudo, com o povo da Bahia”.
Foto: Divulgação/Alba