

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) realizou, neste sábado (15), uma série de visitas aos bairros de Pero Vaz, Pau da Lima e Lagoa da Paixão, no Subúrbio Ferroviário, onde, em diálogo com moradores e caminhada pelas ruas, criticou o abandono da periferia pela prefeitura de Salvador. O parlamentar, que integra a base do presidente Lula e do governador Jerônimo Rodrigues — responsável por investimentos estruturantes na capital, como o VLT — afirmou que as gestões de Bruno Reis e ACM Neto, ambos do União Brasil, não garantiram infraestrutura e políticas sociais contínuas para a população da periferia. Entre os problemas observados pelo parlamentar estavam escadarias deterioradas, drenagem pluvial precária, buracos nas ruas e falta de contenção de encostas, além de áreas de lazer para crianças. “A realidade é de completo abandono. A prefeitura não realiza nem o básico e ignora demandas estruturantes que salvam vidas, como a construção de encostas”, afirmou.
O deputado destacou que a falta de planejamento da prefeitura impacta diretamente na qualidade de vida da população. Ele também criticou a inexistência de políticas de prevenção à violência, estímulo ao esporte, apoio à cultura e incentivo à economia popular. “Enquanto o governo Lula e o governo Jerônimo ampliam investimentos estruturais na capital, a gestão municipal se limita a ações cosméticas, sem enfrentar os problemas reais dos bairros”, disse. Outro problema, na área social, também é a inexistência de ações do município para integrar e apoiar projetos que atuam diretamente com crianças, jovens e famílias.
“Sem presença efetiva do poder público, Salvador aprofunda desigualdades e perde a chance de construir uma cultura de paz. As mães querem apoio, as crianças o direito ao pleno desenvolvimento, que lhe é negado pela negligência da gestão municipal”, afirmou, antes de concluir, depois do encontro no Centro Social Madre Ernestina Laraíza, no Subúrbio Ferroviário. “Salvador precisa superar o modelo da maquiagem e tratar a periferia como prioridade, com infraestrutura, inclusão e políticas públicas permanentes”, concluiu.