

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos anunciou que, a partir de segunda-feira (10), irá impor restrições inéditas à aviação executiva em uma dúzia dos maiores aeroportos do país. As informações são da emissora CNBC. A medida, descrita por representantes do setor como uma “proibição efetiva” de voos privados, ocorre em meio à grave escassez de controladores de tráfego aéreo causada pela paralisação do governo.
A decisão amplia as limitações já impostas às companhias aéreas comerciais, que vêm sendo obrigadas a reduzir seus voos desde a semana passada. O governo Donald Trump determinou cortes de 4% nas operações aéreas, número que deve subir para 10% até sexta-feira (14), como forma de aliviar a pressão sobre os profissionais do controle aéreo, muitos dos quais seguem trabalhando sem remuneração.
Segundo o site FlightAware, mais de 4.500 voos comerciais foram cancelados e outros 17 mil registraram atrasos apenas no último fim de semana, em razão da falta de pessoal e do aumento da sobrecarga nos sistemas de controle de tráfego aéreo.
A National Business Aviation Association (NBAA), que representa o setor de aviação executiva, afirmou em comunicado que está “totalmente comprometida com a segurança do sistema nacional de aviação” e que orientará as empresas a respeitarem as novas restrições. A FAA ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão. No entanto, o setor aéreo espera que as restrições sejam revistas caso o impasse político em Washington seja resolvido. O Senado avançou no domingo (9) em negociações para encerrar a paralisação, que já é a mais longa da história dos Estados Unidos.
Aeroportos afetados
As restrições atingem os 12 terminais mais movimentados do país, entre eles:
A medida é mais um reflexo do colapso operacional provocado pela paralisação do governo, que afeta agências federais e setores estratégicos há semanas, impactando o transporte aéreo e a economia norte-americana.
REUTERS/Annabelle Gordon