

Os vereadores Bibi e Nixon denunciaram a cobrança de uma taxa para embarque, desembarque e até mesmo para o simples acesso de moradores na Marina de Itaparica. Segundo eles, a medida tem gerado indignação na comunidade, que sempre utilizou o espaço como ponto turístico, de lazer e para deslocamentos cotidianos.
De acordo com os parlamentares, a situação se agravou após a instalação de um portão que estaria restringindo a passagem para a ponte da Marina, dificultando a circulação de quem mora na cidade. Bibi classificou a barreira como um “apartheid”, por separar moradores de uma área que sempre foi de uso público.
O vereador Bibi defende que a taxa pode ser aplicada a turistas, medida comum em destinos turísticos da Bahia, mas jamais aos cidadãos itaparicanos. “O morador não tem que pagar por essa entrada, não é razoável isso. Surreal para quem sempre entrou ali, tirava fotos ou até mesmo vai pegar sua embarcação pela rampa de acesso ter que pagar”, pontuou.
Ele ainda comparou a situação a Morro de São Paulo, onde a taxa de acesso é diferenciada para moradores. “Aqui todos se conhecem e sabem muito bem quem é quem. O itaparicano deve ser tratado de forma diferente”, afirmou.
Embora reconheça que a empresa responsável pela Marina necessita de renda para manutenção do equipamento, Bibi sugere que, caso o modelo atual não seja sustentável sem cobrar dos moradores, a concessão seja revista. “Se não for rentável, que retorne para a prefeitura”, declarou.
Os vereadores reforçam que a cobrança aos moradores fere o direito de ir e vir em sua própria terra natal e desrespeita a contribuição histórica da população para a construção da identidade e do turismo local. “Eliminar essa cobrança significa valorizar cada cidadão que investe no crescimento da comunidade”, completou Bibi
Por fim, Bibi e Nixon pedem sensibilidade ao Poder Executivo Municipal e articulação com o Governo do Estado e a empresa concessionária para rever a decisão. “A ponte é do povo”, concluiu o vereador.



