O município de Mutuípe atualmente conta com uma cobertura de atendimento do serviço de coleta de esgoto, tratamento e destinação adequada de efluente para 77% dos domicílios da sede municipal. A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) opera o sistema de esgotamento sanitário (SES) do município, uma infraestrutura que fornece solução coletiva para destinar o esgoto dos domicílios que estão ligados. Atualmente, a Embasa atende 4.200 ligações na sede municipal, coletando e tratando um resíduo líquido com grande potencial poluidor e contribuindo para preservar as águas da bacia do rio Jiquiriçá. A Embasa já tem projeto concluído para ampliar a cobertura de atendimento do serviço de esgotamento em Mutuípe, visando atingir a meta de 90% de cobertura na sede até 2033.
Os imóveis da sede de Mutuípe que dispõem de ponto de ligação em via pública devem ter seus esgotos direcionados para o sistema operado pela Embasa, como determina a legislação do saneamento básico vigente no país. Os domicílios atendidos pelo serviço pagam uma tarifa que equivale a 80% do valor da água consumida no mês, ou seja, é um valor inferior ao da água, mesmo envolvendo custos maiores para a sua execução. Já os imóveis que ainda não têm o ponto de ligação disponível e apto a coletar esgoto, esses devem destinar seu esgoto para uma fossa séptica ou biodigestor domiciliar, soluções individuais adequadas e previstas pela legislação.
No entanto, existem imóveis que não adotaram soluções adequadas para a destinação de esgoto nas áreas onde ainda não existe rede pública coletora ou que, eventualmente, não ligaram a totalidade de seus esgotos na rede pública operada pela Embasa. O resultado é o lançamento indevido de esgoto bruto em córregos e rios, ou mesmo a céu aberto. Essa é uma prática irregular que representa um risco à saúde pública e à qualidade ambiental na área da bacia hidrográfica atingida.
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