terça, 04 de novembro de 2025
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VLI DIZ  FAZ CRÍTICAS AO CORREDOR FICO/FIOL, QUE TERÁ PORTO BAIANO COMO EIXO CENTRAL NA EXPORTAÇÃO DE GRÃOS.

Redação - 03/11/2025 20:01

A VLI, empresa de transporte controlada pela Vale e pela canadense Brookfield, e que controla a FCA – Ferrovia Centro Atlântica, inclusive o Corredor Minas/Bahia, fez fortes críticas ao edital do governo para a concessão do chamado Corredor FICO/FIOL –

 malha de cerca de 2,4 mil km de extensão que vai integrar a Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste), que liga Água Boa (MT) a Mara Rosa (GO), ao traçado da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), que cruza a Bahia até o porto de Ilhéus (BA).

Um documento elaborado pela VLI e enviado à cúpula do governo em 31 de julho, a que o jornal Folha de São Paulo teve acesso, diz que o edital do governo estaria beneficiando a  Rumo, braço de infraestrutura do grupo Cosan.

“A Fico estará pronta para operação antes da Fiol II e Fiol III, ou seja, antes que o sistema tenha saída para o mar por Ilhéus (BA) e seja auto suficiente para escoamento para exportação”, diz a VLI, ao afirmar que qualquer operador que assumir a nova ferrovia dependeria de trechos já controlados pela Rumo para chegar ao litoral.

Na verdade, o edital evita que duas grandes empresas, a VLI e a Rumo, dividam suas cargas no corredor logístico que leva ao Porto de Santos (SP), operada pela Rumo, e ao Porto de  Itaqui (MA), operada preponderantemente pela própria VLI e pela Vale. Com o corredor que levaria ao  Porto Sul, em Ilhéus e outros portos, o duopólio das duas empresas estaria ameaçado e isso seria as razões da crítica.

A hipótese da VLI é que FIol II e Fil III ficariam para trás e que o edital traria “clara vantagem artificial” para a Rumo que já controla as principais ferrovias que conectam Goiás e Mato Grosso até a chegada ao porto de Santos, o que inclui a Malha Central (RMC) e a Malha Paulista (RMP). Por isso, mesmo que a Rumo não vença a licitação da nova ferrovia, diz a VLI, continuaria a comandar o acesso à rota de exportação mais usada do país, o porto de Santos (SP).

A VLI diz que o Grupo Rumo não demonstra interesse em participar do certame da Fico na modelagem blocada”, referindo-se à oferta integrada aos trechos já em construção na Bahia.

Foto: Elói Correa/Governo do Estado da Bahia

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