terça, 30 de setembro de 2025
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 BAHIA É A 7ª ECONOMIA DO PAÍS E A MAIOR DO NORDESTE.  SALVADOR TEM O 6º MAIOR MERCADO CONSUMIDOR E NORDESTE VOLTA A SER O 2º MAIOR MERCADO

Redação - 30/09/2025 17:48 - Atualizado 30/09/2025

O Nordeste cresceu 4% em 2024, acima da média do Brasil (3,8%). Em 2025, pode ter alta de 2,3% no PIB, também acima da média nacional (2,2%), segundo projeção da Tendências Consultoria. “O número positivo de 2024 veio com um forte desempenho da indústria. Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia cresceram muito na produção industrial. A dinâmica dos serviços, que têm um peso relevante na região, também favoreceu”, diz Isadora Osterno, pesquisadora do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste do FGV Ibre.

A Bahia é a maior economia do Nordeste, com quase 30% do PIB regional, e ocupa a sétima posição nacional, segundo o IBGE. O Estado é o que mais recebe turistas na região e avança também em novas frentes no agronegócio, indústria, energias renováveis e mineração.

O Nordeste voltou a ser o segundo maior mercado consumidor do país, com 18,6% de participação. Um resultado que se deve especialmente ao aumento do fluxo de turistas e à melhoria no padrão de emprego com carteira assinada, segundo Marcos Pazzini, coordenador do IPC Maps 2025, estudo sobre o potencial de consumo de Estados e municípios com dados do IBGE.

Em termos nominais, a expansão do consumo regional foi de 14,8%. Salvador (BA) é a capital que mais se destaca no ranking nacional de municípios, ocupando a 6ª posição, com um volume de gastos estimado em R$ 101,41 bilhões por ano. Fortaleza (CE) é a segunda capital do Nordeste e a 7º no Brasil. Recife está no terceiro lugar regional, seguida por São Luís, Maceió, João Pessoa, Natal, Teresina e Aracaju.

Mas é no interior que a região mostra sua força. Entre os 1.793 municípios nordestinos, 194 agora movimentam mais de R$ 1 bilhão por ano, um salto de 26 cidades em relação ao levantamento anterior do IPC Maps. O consumo está sendo puxado pelos domicílios nas classes B e C, sem a prevalência tradicional das classes alta e baixa. “Esse cenário vem mudando com o tempo. Os anos de 2024 e 2025 mostram a força da classe média nesse contexto de crescimento da economia”, diz Marcos Pazzini. Os dados mostram uma região mais dinâmica e em transformação.

Tudo isso leva a projeções otimistas. No médio prazo (de 2027 a 2034), a Tendências prevê que a região será líder no crescimento do país, com incremento anual no PIB de 3,2%, enquanto a média nacional será de 2,3%. As informações são do Valor Econômico em encarte sobre a região Nordeste.

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