Nem Messi, nem Cristiano Ronaldo, nem Neymar. As semifinais da Copa do Mundo começam nesta terça-feira sem os três principais astros do torneio. Mas o que menos faltará em França x Bélgica, às 15h, em São Petersburgo, é craque. As duas seleções decidem quem será o primeiro finalista do Mundial em jogo ornado pelo talento de De Bruyne, de Hazard, de Mbappé, de Griezmann.
A Bélgica leva a campo o ataque mais poderoso da Copa do Mundo. Com 14 gols, chega às semifinais com a segunda maior marca da história – só superada pelo Brasil de 2002, que alcançou a etapa com 15 gols. Roberto Martínez deve manter a estrutura ofensiva que desnorteou o Brasil nas quartas de final, sobretudo no primeiro tempo, com De Bruyne mais solto do que nas partidas anteriores, livre para atuar como um falso centroavante e flutuar pelo ataque, combinando jogadas com Hazard e Lukaku. A dúvida está no sistema defensivo.
Acontece que o ala direito Meunier está suspenso. Quem deve entrar no time é o zagueiro Vermaelen, e aí Martínez tem duas opções: formar uma linha de quatro zagueiros de origem, com Alderweireld ocupando a lateral direita, ou passar Chadli para a ala direita, mantendo a estrutura mais habitual da equipe na Copa – um híbrido de 3-4-3 e 3-6-1. Nesse caso, a diferença seria a presença de um zagueiro, Vertonghen, como ala esquerdo.
A atenção defensiva faz sentido: do outro lado, está Mbappé, o atacante de 19 anos que vem deixando marcadores em surto com arrancadas que superam os 30 km/h e, não por acaso, rendem comparações com Ronaldo Fenômeno. Destruidor contra a Argentina, o jovem foi mais discreto diante do Uruguai, mas agora enfrenta uma defesa que vem deixando mais espaços justamente onde ele gosta de atuar: a zona entre os zagueiros e os volantes.