

Em 2024, os volumes de dois dos três produtos madeireiros extraídos da natureza voltaram a crescer na Bahia. A produção extrativa de madeira vinha perdendo espaço ao longo dos anos, em virtude da legislação ambiental, que estabelece maior rigor e controle em operações que envolvem espécies nativas.
A produção de carvão a partir de madeira nativa cresceu na Bahia, de 2023 para 2024 (+3,2%), indo a 49.826 toneladas. O estado voltou a registrar aumento após ter tido queda entre 2022 e 2023.
Apesar do crescimento, a Bahia caiu da 3ª para a 4ª posição entre os maiores produtores do país, ficando atrás de Maranhão (176.192 toneladas em 2024), Pará (134.444 toneladas) e Mato Grosso do Sul (54.630 toneladas).
O município de Baianópolis, que já chegou a liderar a produção de carvão da extração no país e era o 4º colocado em 2023, perdeu duas posições e passou a ser o 6º maior produtor nacional em 2024, com 11,3 mil toneladas.
Com o resultado positivo, o valor gerado pelo carvão vegetal por extração também cresceu entre 2023 e 2024, chegando a R$ 48,3 milhões, em um aumento de 6,1% frente ao ano anterior. Nacionalmente, o crescimento foi de 43,0%, com o valor da produção ficando em R$ 581,6 milhões.
A quantidade de lenha extraída na Bahia cresceu pela primeira vez, em 2024, após 14 anos consecutivos em queda (entre 2010 e 2023), chegando a 1,412 milhão de m³, 50,6 mil m³ a mais do que no ano anterior.
Com o crescimento, em 2024, a Bahia passou do 6º para o 5º lugar entre os maiores produtores de lenha por extração do Brasil.
Os três municípios baianos que mais extraíram lenha da natureza, em 2024, foram Serra do Ramalho (62,4 mil m³), Riacho de Santana (61,9 mil m³) e Bom Jesus da Lapa (57,7 mil m³).
O valor gerado pela produção de lenha por extração na Bahia cresceu 5,5% entre 2023 e 2024, chegando a R$ 58,0 milhões. No Brasil como um todo, o aumento foi de 22,5%, atingindo uma soma de R$ 870,4 milhões.
Já a produção de madeira em tora por extração na Bahia foi a única registrar queda (-4,7%) entre 2023 e 2024, chegando ao seu menor volume desde 1986: 150.050 m³. Mesmo com a redução, o estado seguiu na 10ª posição entre os maiores produtores do país, num ranking que é liderado por Pará (4,466 milhões de m³), Mato Grosso (2,626 milhões de m³) e Rondônia (1,324 milhões de m³).
Com a queda de volume, o valor gerado pela extração de madeira em tora na Bahia também apresentou redução, passando de R$ 26,5 milhões para R$ 26,0 milhões entre 2023 e 2024 (-1,7%). Nacionalmente, houve um aumento de 9,8%, chegando a um montante de R$ 3,2 bilhões.
Foto: Juca Varella/Agência Brasil