Com maiores restrições ao crédito e a alta na taxa de juros, a indústria brasileira enfrenta um cenário de crescimento reduzido em 2025. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o PIB industrial do país deve crescer cerca de 2% neste ano.
Esse desempenho representa uma queda de 1,3 ponto percentual em relação ao ano anterior, quando os investimentos e o consumo das famílias estiveram mais aquecidos. Atualmente, as incertezas econômicas estão entre os fatores que contribuem para as expectativas atuais.
Mesmo nesse contexto, um dos segmentos que mais impactam a indústria nacional segue em alta: a produção de plásticos. A demanda pelo material continua elevada, embora desafios relacionados à reciclagem e ao uso consciente persistam.
O Brasil é o oitavo maior gerador de resíduos plásticos do mundo, com quase 1,5 milhão de toneladas anuais, mas recicla apenas 4% desse total. A baixa taxa de reaproveitamento preocupa especialistas e movimenta empresas e organizações em busca de soluções.
Por outro lado, de acordo com informações do Mundo do Plástico, parcerias entre indústria, cooperativas e prefeituras têm sido fundamentais para ampliar a reciclagem.
Iniciativas como a aliança entre Dow e Ambipar, que pretende multiplicar por trinta a reciclagem de polietileno até 2030, ilustram o avanço do setor. Outras ações, como as do Instituto Recicleiros com ONGs, focam na participação popular como estratégia.
Para Flávio Ribeiro, do Movimento Circular, a inclusão de diferentes atores é essencial para fortalecer a economia circular no país, entre eles empresas, cooperativas de catadores e municípios.
Apesar dos avanços, encontrar aliados estratégicos ainda é um obstáculo para empresas interessadas em investir em reciclagem. A dificuldade está em alinhar interesses e transformar parcerias em negócios viáveis e sustentáveis.
Outro desafio é tornar essas iniciativas financeiramente atrativas, o que envolve fatores como preços, capacidade de produção e retorno a longo prazo. Muitas organizações ainda não estão preparadas para operar de forma eficiente nesse novo modelo.
Além disso, há resistência interna em algumas empresas, que optam por manter relações com fornecedores tradicionais. Essa falta de adaptação freia a transição para práticas mais circulares e sustentáveis.
Enquanto isso, o debate global sobre o tema avança. Na ONU, países discutem limites à produção de plástico e alternativas mais eficazes para o reaproveitamento. Especialistas defendem a criação de um tratado global que combine a redução do consumo com o aumento da reciclagem como soluções complementares.
Em busca de maior eficiência e de um uso mais consciente do plástico, a tecnologia tem se tornado aliada estratégica do setor. Seguindo as tendências da indústria como um todo, a aplicação têm contribuído para a produtividade e a sustentabilidade.
Entre as principais frentes de inovação estão:
Em geral, essas soluções já estão sendo incorporadas por diversas empresas, com o objetivo de tornar o uso do plástico mais adequado às exigências, sem abrir mão de sua importância econômica.
Foto: Reprodução/Pixabay
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